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Escola Pública de Mobilidade orienta ciclistas sobre riscos e cuidados no trânsito


Operação Blitz Bike foi realizada na avenida José de Alencar nesta quarta-feira. Foto: Pedro Piegas / PMPA

Alertar ciclistas sobre a importância da percepção dos riscos e do autocuidado no trânsito e orientar motoristas sobre o embarque e desembarque de passageiros junto à ciclovia foram os principais assuntos abordados em mais uma Operação Blitz Bike, realizada na avenida José de Alencar pelos agentes de trânsito da Escola Pública de Mobilidade. Na manhã desta quarta-feira, 21, a Secretaria de Mobilidade Urbana realizou, por meio da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), a tradicional ação educativa para ciclistas, junto ao Hospital Mãe de Deus, no bairro Menino Deus.

Durante a ação, 18 ciclistas foram abordados, mas apenas um utilizava equipamentos de proteção individual (EPIs) durante sua pedalada. “A bicicleta já se tornou um dos meios de transporte para trabalho ou lazer mais utilizados em Porto Alegre, uma opção sustentável de locomoção. No entanto, é necessário adotar comportamentos seguros fundamentais para reduzir os riscos e assim evitar os sinistros de trânsito”, destaca Denis Andrade, chefe de equipe em exercício da Escola Pública de Mobilidade.

O ciclista Jovelino Trindade, 33 anos, trabalha há seis meses com delivery em entregas de bike. O profissional normalmente não usa capacete, mas sofreu uma queda no único dia em que utilizou o equipamento de proteção. “Eu estava mexendo no celular e caí sozinho. Eu sei que é importante, mas não consigo usar nem boné. Tenho que mudar isso”, lamenta o entregador, que percorre em média 100 quilômetros por dia de bicicleta.

O cirurgião dentista, André Amorim Lise, 42 anos, utiliza a bicicleta como meio de transporte e pedala em torno de 15 quilômetros por dia. “Costumo usar sempre os equipamentos de segurança e transitar nas ciclovias ou ciclofaixas para aproveitar a infraestrutura e garantir a segurança no meu deslocamento. Mas é comum ver motoristas que não respeitam, ou não sabem, e param seus veículos sobre a ciclovia para embarque e desembarque de passageiros, o que coloca em perigo os ciclistas, que precisam desviar deste obstáculo. É importante fazer mais ações como essa blitz e abordar também os motoristas”, desabafa.

Durante a ação educativa, dezenas de motoristas foram abordados e orientados sobre os cuidados e consequências desta manobra, sem terem sido multados. O artigo 182, inciso XI, do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) descreve como infração de trânsito parar o veículo sobre ciclovia ou ciclofaixa, mesmo com a finalidade e pelo tempo estritamente necessário para efetuar embarque e desembarque de passageiros. A infração é considerada grave, com cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e multa de R$ 195,23.

Embarque e desembarque - O modo correto de realizar o embarque e desembarque de passageiros junto à ciclofaixas ou ciclovias, onde houver a sinalização vertical com a placa Proibido Estacionar, é junto ao bordo da pista de rolamento e dos tachões de segregação, sempre após observar pelo retrovisor se é possível abrir a porta em segurança e pelo tempo estritamente necessário para efetuar a operação embarque ou desembarque. No entanto, quando a sinalização for com a placa Proibido Parar e Estacionar, com duas faixas vermelhas em cruz, isto não é possível pois ela proíbe ao condutor parar, ainda que por pouco tempo, mesmo em operações de embarque e desembarque.

Os ciclistas, que têm o dever de respeitar a sinalização, têm preferência sobre os veículos automotores, mas devem sempre dar prioridade aos pedestres. O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) descreve a bicicleta como veículo e refere que deve ser conduzida nos locais a ela destinados: ciclovias, ciclofaixas ou acostamentos. Quando não houver, o ciclista deverá usar o bordo da pista de rolamento, no mesmo sentido dos demais veículos, e não o contrafluxo (exceto se houver ciclovia sinalizada).

A prioridade nas ações de educação, fiscalização e projetos de engenharia viária da Secretaria de Mobilidade Urbana, por meio da EPTC, é salvar vidas e reduzir o número de vítimas no trânsito. Com este objetivo, são realizadas regularmente ações orientativas, campanhas e atividades de conscientização, inclusive nas redes sociais. O órgão gestor de trânsito e transporte de Porto Alegre ainda oferece cursos gratuitos na plataforma de ensino à distância (EaD) da Escola Pública de Mobilidade, como o Pedalando com Segurança, que podem ser acessados em www.eadeptc.com.br.


Proteção - O uso do capacete é fundamental. Além de proteger contra traumatismo craniano e lesão cerebral em casos de queda, ajuda a evitar eventuais cortes e escoriações. Outro equipamento de proteção individual (EPI) essencial para o ciclista, principalmente à noite, é o farol ou lanterna. Muitas vezes os motoristas ou pedestres não percebem a presença da bike, por isso é importante investir em faróis e iluminação traseira para garantir a segurança na pedalada.

Principais EPIs

  • Capacete

  • Luvas

  • Óculos

  • Retrovisores e buzinas

  • Farol e lanterna

 
Texto: Gustavo Roth
Edição: Gilmar Martins
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