A Prefeitura de Porto Alegre completou a entrega do kit escolar para as três escolas inseridas no acordo de cooperação entre a Secretaria de Mobilidade Urbana (Smmu), através da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), e a Secretaria Municipal de Educação (Smed). Além dos kits, compostos por caderno, lápis, borracha, régua e estojo com a temática de mobilidade, o projeto realiza um mapeamento para verificar o conhecimento dos educadores e alunos sobre o tema. O coordenador de educação para a mobilidade da EPTC Diego Marques disse que o projeto visa estimular o professor a desenvolver ações focadas em mobilidade para a comunidade escolar. “O grande objetivo do projeto é estimular os professores a trabalhar a segurança no trânsito com as crianças, para evitar acidentes, além de gerar adultos conscientes sobre o tema”. Para inserir o tema trânsito de forma permanente no currículo da rede municipal, fazem parte do projeto piloto as escolas de ensino fundamental Vila Monte Cristo, do bairro Vila Nova, Migrantes, do bairro Anchieta, Aramy Silva, do bairro Camaquã. A realização de projeto ocorre sem qualquer repasse financeiro entre os órgãos. Ao todo, 1.961 kits foram entregues nas três escolas. Esta cooperação faz parte das atividades da Escola Pública de Mobilidade da EPTC. E também visa a servir de modelo para incentivar outros municípios do Rio Grande do Sul a realizarem ações conjuntas entre suas secretarias de Mobilidade e Educação para promover a diminuição dos índices de feridos em acidentes com envolvimento de escolares. As escolas que tiverem o interesse em aderir ao projeto devem entrar em contato pelo e-mail educ@eptc.prefpoa.cm.br. A capital gaúcha faz parte do Programa Vida no Trânsito (PVT), coordenado pelo Ministério da Saúde, e desde 2012 faz a análise de todos os acidentes fatais, com o objetivo de identificar os fatores e condutas de risco que resultaram em acidentes graves. As causas desses sinistros de trânsito decorrem, na sua maioria, de ações comportamentais dos usuários das vias (condutores e pedestres). A partir da identificação desses fatores e condutas de risco, como subsídio para as áreas de educação, planejamento e fiscalização, as ações são direcionadas para a prevenção de novos acidentes.
Como resultado dessa metodologia, Porto Alegre, que tem uma das menores taxas de mortalidade no trânsito entre as capitais brasileiras, antecipou em dois anos a redução da projeção de 50% do número de vítimas fatais estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) para a primeira Década de Ação Pela Segurança no Trânsito (2011/2020), que era de, no máximo, 76 vítimas fatais para 2020 em Porto Alegre. Em 1998, no ano de criação da EPTC, 199 pessoas perderam a vida em sinistros de trânsito.
Texto: Rafael Cabeleira
Edição: Gilmar Martins
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