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Apresentações de grupos de dança marcam tarde cultural em Porto Alegre

Tarde Cultural faz parte da programação do Outubro Prata

Público lotou Teatro Renascença e aplaudiu atrações musicais. Fotos: Bruno Machado/EPTC.

Uma série de atrações culturais voltadas a idosos lotou o Teatro Renascença, no bairro Menino Deus, nesta sexta-feira. As apresentações musicais e de grupos de danças atraíram grupos de idosos da Capital e da Região Metropolitana. A Tarde Cultural faz parte da programação do mês do idoso, Outubro Prata, e conta com o apoio da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos das Pessoas Idosas de Porto Alegre.


O vereador Alvoni Medina destaca a importância da iniciativa durante o mês do idoso. “Quando você traz os idosos para um evento desses, isso serve para mostrar pra eles também o cuidado e o zelo que eles têm que ter com a própria saúde para que eles possam ter uma longevidade de vida melhor, uma condição de vida melhor e mostrar também que eles podem cobrar seus próprios direitos”, destaca. Medina reforça que muitas vezes os idosos não recebem atenção devida de familiares e do poder público.


Por conta desse cenário, ele reforça a necessidade de uma atuação mais consistente da Câmara de Vereadores. “Já convidei vários vereadores para estar junto com a gente representando essa população”, ressalta. “Às vezes esse idoso muitas vezes é negligenciado dentro da sua própria casa. Esses eventos servem para despertar a própria família, a sociedade e os filhos, que às vezes deixam os seus pais abandonados”, completa.


Aos 82 anos, Pedrolina do Prado, que reside em Alvorada, subiu ao palco do Renascença para cantar duas músicas: Ave Maria e Mal-Acostumado. O contato com o público, que lotou o teatro, significa um momento especial. “Representa uma oportunidade, com a idade que eu estou, para cantar e representar viver a vida. É aproveitar tudo que tem de bom”, afirma. Ela destaca que os idosos precisam ser valorizados pela sociedade. “Antigamente a pessoa chegava aos 50 anos, era velho, era isso, não prestava para mais nada. E hoje não importa a idade que a gente tem. É gostar de viver, de cantar, de pular. Hoje nós podemos tudo”, destaca.


Coordenadora do grupo Cultura e Dança Ciganas da Associação Nacional de Aposentados e Pensionistas da Previdência Social (Anapps), Márcia Chaves Cunha explica que o grupo trabalha em cima das danças ciganas e tem como objetivo resgatar a autoestima das mulheres e trabalhar o bem-estar através das emoções e da expressão corporal. “É importante trabalhar com esse grupo de pessoas, porque elas têm vitalidade. Mesmo nessa idade têm vitalidade, querem aprender, querem trabalhar o corpo, querem movimentar e também resgatar essa autoestima delas. Então, é importante isso para resgatar o feminismo das mulheres”, afirma.


Thiago Lemos também trabalha com dança do folclore gaúcho e desenvolve um projeto voltado a inclusão do pessoal da terceira idade e crianças em Porto Alegre, na Lomba do Pinheiro. No Renascença, o grupo de alunos fez uma apresentação de dança do folclore chamada chimarrita e uma música do Gaúcho da Fronteira, escolhida pelas próprias alunas. “Mostra muito esse desenvolvimento delas. A energia todas que ela tem para por no palco”, observa. Vinte integrantes participaram da apresentação na Capital.


O projeto Conversa Musicada da EPTC encerrou as apresentações do dia. A iniciativa visa chamar atenção das pessoas idosas sobre os cuidados no trânsito. Agente de trânsito lotada na coordenação de Educação da EPTC, Luciana Farias Pereira explica muitos idoso são vítimas de atropelamento na cidade. “O projeto é justamente para tratar do tema de uma forma mais leve, mais descontraída, mas não menos importante e pontual da questão da prevenção do atropelamento”, destaca.



Conforme Luciana, a ideia é alertar os idosos através de músicas que tenham esse contexto com a questão do trânsito. “Esse é o nosso enfoque. Fazer com que as pessoas se conscientizem, que tenham uma maior atitude respeitosa, uma percepção do risco, né, o a questão do autocuidado são os aspectos que a gente costuma focar. E aí a gente traz algumas músicas para cantar junto com eles, mas sempre entre uma música e outra, a gente faz essa reflexão”, completa.


 
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